Os petroleiros de todo o País completam 14 dias em greve, nesta sexta-feira (14), exigindo a suspensão imediata das demissões na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR). A adesão dos trabalhadores ao movimento cresce diariamente e já mobiliza 116 unidades, em 13 estados do País.
Os petroleiros de todo o País completam 14 dias em greve, nesta sexta-feira (14). Em todo o Sistema Petrobrás, os sindicatos da Federação Única dos Petroleiros (FUP) realizaram atos em várias unidades da empresa exigindo a suspensão imediata das demissões na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR). Pelo menos 144 trabalhadores da fábrica já receberam telegramas de convocação para comparecer a hotéis da região de Araucária, onde seriam feitas a partir de hoje a rescisão dos contratos de emprego, o que viola o Acordo Coletivo de Trabalho. A adesão dos trabalhadores ao movimento cresce diariamente e já mobiliza 116 unidades, em 13 estados do País.
Acampados há 23 dias em frente à Fafen, petroleiros e petroquímicos realizaram pela manhã um grande ato em Araucária, criticando a Petrobrás. Os trabalhadores queimaram os telegramas com os comunicados de demissão.
Na tarde de quinta-feira, 13, os trabalhadores da P-57, plataforma do pré-sal que opera na Bacia do Espírito Santo, desembarcaram e se somaram à paralisação.
Na Bacia de Campos, mais duas plataformas também aderiram à greve: PNA-1 e a P-40. Já são 35 de um total de 39 plataformas da região que estão na luta para reverter as demissões na Fafen-PR.
FUP busca o diálogo, mas Petrobrás insiste no confronto
A FUP protocolou na quinta-feira (13) uma petição direcionada ao ministro Ives Gandra, do Tribunal Superior do Trabalho (TST). No documento, os petroleiros reforçam a disposição de buscar uma solução para o impasse, desde que a Petrobras suspenda imediatamente as demissões na Fafen-PR e as medidas unilaterais tomadas contra os trabalhadores e que levaram a categoria à greve.
“Com intransigência e demissões, a greve continuará crescendo e se fortalecendo. Entendemos que o papel da justiça do trabalho é preservar direitos e impedir o retrocesso social. Sempre estivemos abertos à negociação. Quem não quer negociar é a gestão da Petrobrás”, avisa o diretor da FUP, Deyvid Bacelar, um dos integrantes da Comissão Permanente de Negociação.
Pontos apresentados pela FUP na petição:
Suspensão imediata das demissões na FAFEN-PR;
Cancelamento da nova tabela de turno que foi imposta pela gestão aos trabalhadores das unidades operacionais;
Restabelecimento das negociações para solução dos pontos do Acordo Coletivo que estão sendo descumpridos pela empresa.
Fonte: Brasil 247