A medida garante o abastecimento interno, mas aumenta ainda mais o preço dos combustíveis nas bombas, “uma vez que os produtos no exterior estão em torno de 17% acima dos produtos locais”, diz a Brasilcom, representante de mais de 40 distribuidoras regionais.
Após o desmonte da Petrobrás – que continua – e a paralisação do processo de refino do petróleo em solo brasileiro, que inclui a venda das refinarias, a Petrobrás avalia a possibilidade de recorrer ao mercado internacional para atender a demanda de combustíveis e evitar a falta do produto em novembro.
A hipótese foi citada em nota pela Associação das Distribuidoras de Combustíveis (Brasilcom), representante de mais de 40 distribuidoras regionais de combustíveis, que diz: “mesmo que a Petrobras não consiga, segundo seu comunicado, atender a todos os pedidos feitos pelas distribuidoras, sempre permanece a possibilidade de importação de modo a suprir o que parece ser a deficiência por incapacidade de produção”.
Também por meio de nota, a Petrobrás afirmou: “atualmente, há dezenas de empresas cadastradas na ANP aptas para importação de combustíveis. Portanto, essa demanda adicional pode ser absorvida pelos demais agentes do mercado brasileiro”.
Apesar de garantir o abastecimento interno, a prática de importação de combustíveis, claro, aumentaria ainda mais o preço dos produtos nas bombas. De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás e Combustível (ANP), o preço do litro do combustível nos postos do país aumentou 3,3% só na semana passada, atingindo o valor médio de R$ 6,32 e máximo de R$ 7,49.
“A consequência desse suprimento [via importação], entretanto, será o efeito nos preços dos combustíveis, uma vez que, segundo os importadores, os produtos no exterior estão em torno de 17% acima dos produtos locais”, diz a Brasilcom.
Fonte: Brasil 247