A notícia da queda de popularidade de Jair Bolsonaro nas redes sociais só não é pior para ele do que a notícia da subida do nome do ex-presidente Lula nas mesmas plataformas. O relato é da jornalista Thaís Oyama, em sua coluna no portal UOL.
Segundo a jornalista, o ranking digital da consultoria Quaest varia em uma escala de 0 a 100, sendo 100 a popularidade máxima. Segundo esse ranking, Bolsonaro, que no ano passado oscilou em torno dos 80 pontos, desabou para 62,3. Está agora a apenas 6,4 pontos de distância de Lula —o petista aparece com 55,9. Esse sobe-desce identificado pela consultoria, envolvendo os nomes do atual presidente e do ex, não é coisa apenas do Twitter e do Facebook.
Oyama relata que, na segunda-feira passada, um deputado federal em visita a São Paulo ouviu num círculo de empresários um grande banqueiro fazer duras críticas a Bolsonaro. Ao lado dele, o CEO de uma empresa, espantado com a contundência do julgamento, perguntou o que o amigo queria dizer com tudo aquilo. A resposta do banqueiro surpreendeu o CEO e o deputado: “O que eu quero dizer é que, hoje, entre Bolsonaro e o demônio, eu voto no demônio”.
Desnecessário explicar que o “demônio” era Lula, explicou a jornalista. “O mercado desapegou de Bolsonaro”, concluiu o parlamentar. “É o tipo de movimento que acontece quando uma crise desce da consciência para o bolso”, afirmou.
Fonte: Brasil 247