Cresce de 10% para 47% os que apontam que a política econômica do país está na direção certa. Avaliação positiva sobre o governo Lula vai de 2% para 20%.
Nesta quarta-feira (12), a Genial/Quaest divulgou a pesquisa “O que pensa o mercado financeiro” sobre o governo Lula. Os resultados demonstram que depois de seis meses do novo governo até mesmo o chamado ‘mercado’, que sempre se mostra reticente com gestões de governos progressistas, está dando o ‘braço a torcer’.
Os números positivos no campo econômico, assim como as reformas conduzidas no campo fiscal e tributário, com toda a certeza, têm influência nos resultados.
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Para o mercado, a política econômica do país está indo na direção certa para 47%, sendo que em maio somente 10% acreditavam nisso. Continuam achando errada 53%.
Já a expectativa de melhora para os próximos 12 meses em relação à economia foi de 13% em maio e chegou a 53% agora – o que demonstra que o otimismo superou a desconfiança.
Nesse sentido, a avaliação do governo Lula também está em crescimento. Chegou a 20% como positivo, antes eram 2%. Os que avaliam como regular são 36%, antes eram 12%. A grande queda foi entre os que avaliavam o governo como negativo que em maio eram 86% e despencou para 44%.
Selic
Mesmo com toda essa avaliação positiva, 87% ainda entendem que a decisão do Banco Central de manter a atual Taxa Selic foi certa. Apesar disso, todos acreditam que Selic cairá ainda neste ano.
Isto reflete que mesmo com toda observação positiva ligada ao governo, o mercado ainda não abdica do entendimento sobre a manutenção dos juros, sendo que para os investidores os juros altos remuneram mais. Ou seja, os dados demonstram que se for preciso rifar o país para manter remunerações altas com base nos juros, o mercado não hesitará em apoiar tais medidas.
Mostra disso é a avaliação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que tem o maior grau de confiança entre os pesquisados, enquanto o presidente Lula tem o menor.
Foram feitas 94 entrevistas com fundos de investimentos com sedes em São Paulo e Rio de Janeiro, entre os dias 6 e 10 de julho. O público-alvo é formado por gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão do mercado financeiro.
Fonte: O Vermelho