A candidata liderou uma carreata e caminhou por uma feira livre na Ilha do Governador, onde afirmou que, se eleita, irá criar 100 mil postos de trabalhos imediatos na cidade.
A geração de empregos foi o tema que abriu a última semana da campanha de Benedita da Silva, candidata do PT à Prefeitura do Rio de Janeiro. Ela liderou uma carreata e caminhou por uma feira livre na Ilha do Governador, onde afirmou que, se eleita, irá criar 100 mil postos de trabalhos imediatos na cidade.
Antes da carreata na Ilha, em entrevista a um canal de TV, Benedita afirmou que é de empregos que a cidade do Rio precisa, e não de armas. Na sua gestão, a Guarda Civil será cidadã e desarmada, uma visão de segurança pública distinta da do presidente Jair Bolsonaro e de candidato no Rio, o prefeito Marcelo Crivella.
“Se fosse só armar a população, como querem o presidente Bolsonaro e o Crivella, nós já teríamos resolvido a situação da cidade, com os presídios e as armas que correm de todo o lado. O povo precisa de emprego, de saúde, de sair debaixo dos viadutos. Precisa de escola, turismo e cultura. É disso que a cidade precisa. Não de armas”, completou Benedita.
Foco nos jovens
As vagas serão criadas nos programas de revitalização da Avenida Brasil e do Centro, no setor de serviços e meio-ambiente e na indústria cultural e do turismo. “Vou criar 100 mil empregos de cara. O foco é na juventude, que está com um índice muito alto de desemprego”, afirmou. O Rio de Janeiro, segundo a candidata, “está um caos, sujo, poluído e mal cuidado”, e, com a pandemia, o desemprego bateu recorde no Rio.
Em setembro, havia cerca de 1,2 milhões de cariocas sem ocupação fixa na cidade. Em maio, esse número era de 846 mil, segundo dados da Pnad Covid 19, versão da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua realizada em parceria com Ministério da Saúde para monitorar os reflexos da pandemia no mercado de trabalho.
Indústria farmacêutica
Ao chegar à feirinha de Tauá, na Ilha do Governador, Benedita explicou que, na Avenida Brasil e no Centro, concederá incentivos para a instalação de novas indústrias, especialmente nos setores farmacêuticos e de informática. Vai também estimular a construção de moradias populares, escolas e novos equipamentos culturais.
No setor de serviços, o foco será no meio-ambiente e zeladoria urbana. O gari comunitário é uma prioridade para a candidata. “Ele atuará em duas frentes. Subirá o morro para fazer a limpeza da comunidade e atuará como um agente ambiental, realizando a conservação dos nossos parques e jardins públicos. Além de também trabalhar em parceria com as cooperativas de reciclagem de resíduos sólidos”, destacou Benedita.
Lapa Digital
A cultura será outro foco prioritário da gestão da petista para geração de empregos. Benedita quer fazer do Carnaval uma indústria, como atividades e eventos carnavalescos durante todo o ano, e criar um polo audiovisual nos galpões da região portuária.
Outro local do Centro que terá uma atenção especial da futura prefeita será a Lapa. Além da boemia, Benedita quer fazer do tradicional bairro uma referência em criação digital. “A Lapa é uma coisa fantástica. Além do resgate histórico do bairro, isso dará oportunidade para a criatividade da juventude. Hoje na área digital está se criando muito. E a gente precisa levar isso para lá”, disse.
Fonte: O Vermelho