Em caminhada pelo Catete, na Zona Sul do Rio, Benedita da Silva, candidata à Prefeitura do Rio, afirmou que presidente “não tem ética nem postura moral para estar à frente de uma nação como essa”.
“O presidente Jair Bolsonaro não reúne mais condições para governar o Brasil, pois não tem ética, postura nem moral para estar à frente de uma nação como essa”. A declaração foi feita nesta quinta-feira (12) pela candidata do PT à Prefeitura do Rio, Benedita da Silva, durante uma caminhada pelo Catete, na Zona Sul do Rio.
Benedita reagiu à frase de Bolsonaro de que o Brasil é um “país de maricas” e também à denúncia de injúria racial contra o advogado Frederick Wassef, ex-advogado do senador Flávio Bolsonaro, em cuja casa escondeu-se Fabrício Queiroz. Wassef foi acusado de ter usado termo racista contra a funcionária de uma pizzaria no Distrito Federal.
“Já não é sem tempo de dar um basta nesse governo racista do Bolsonaro e seus aliados. Eles se multiplicam a cada dia, praticando com naturalidade o racismo quando o mundo inteiro está negando essa questão, unido contra essa perseguição ao povo negro, ao povo indígena e aos quilombolas”, disse Benedita no Largo do Machado, onde conversou com camelôs e moradores de rua. “Não vamos aceitar calados que mais um da turma do Bolsonaro pratique essa maldade, esse crime.”
“Assim é que se faz, vota no 13 e Crivella nunca mais”
Benedita também protestou contra o que chamou de homofobia de Bolsonaro, ao dizer que o Brasil é um país de maricas. O presidente disse isso em pronunciamento oficial, referindo-se aos cuidados da população para não ser contaminada pelo novo coronavírus. A Covid 19 já matou mais de 163 mil brasileiros, um dos países mais atingidos do mundo.
“Como se isso [chamar os brasileiros de maricas] fosse ofender alguém na sua dignidade. Ele é um preconceituoso, machista, racista também, e não podemos nos calar. Então [é maricas] um brasileiro que não quer cometer um crime, que não quer se suicidar, como ele quer que o brasileiro se suicide, não tem vacina, absolutamente nada? Não! Abaixo o Bolsonaro”, afirmou Benedita, enquanto militantes gritavam “ Fora Bolsonaro” e um refrão que começou a ser entoado na reta final do primeiro turno: “assim é que se faz, vota no 13 e Crivella nunca mais”.
Moradias e renda básica
No Largo do Machado, Benedita conversou com várias pessoas em situação de rua. Indagada sobre suas propostas para atender a essa população, ela defendeu a construção de moradias, auxílio de renda básica e abertura de frentes de trabalho na conservação de praças e obras de urbanização em bairros pobres e favelas.
Nas conversas com camelôs, a candidata defendeu mais ordem na cidade – para que todos possam trabalhar e sustentar suas famílias – e empréstimos a juro zero do Banco Popular para estimular o empreendedorismo, inclusive o digital. Benedita caminhou pela praça e pela Rua do Catete, passando em frente ao Palácio do Catete, que foi a sede da Presidência da República até a transferência da capital federal para Brasília.
“Nossa campanha cresce, tem uma adesão enorme. As pessoas estão vindo e dizendo: vamos chegar lá, no segundo turno, e eu acredito. Nós teremos a primeira oportunidade na cidade do Rio de Janeiro de eleger duas mulheres, trabalhadoras, negras.” Do Catete, ela seguiu para uma carreata em Guadalupe e uma caminhada no Chapadão e em Acari, na Zona Norte.
Fonte: O Vermelho