As centrais sindicais estão convocando trabalhadores de todos os setores para um “Lockdown em Defesa da Vida e dos Direitos” na quarta-feira (24). De acordo com as entidades, a manifestação foi articulada por conta da “irresponsabilidade do governo federal, que levou o país ao pior colapso sanitário e hospitalar de sua história”.
Mais de 292 mil brasileiros já perderam a vida para a Covid-19 e quase 12 milhões de pessoas foram infectadas pelo novo coronavírus. As centrais apontam que o Brasil se tornou “um exemplo mundial de fracasso e de falta de políticas públicas” para conter a disseminação da covid-19. E protestam também contra a falta de vacinação em massa e pela retomada do auxílio emergencial com parcelas de, no mínimo, R$ 600.
“A política sanitária do governo é um crime continuado contra a saúde pública”, afirma Adilson Araújo, presidente da CTB. “O Brasil já não ia bem das pernas antes da pandemia em função da política neoliberal do governo, que condena a economia nacional à perpétua estagnação. A situação caótica foi agravada pela emergência e o agravamento da crise sanitária e, na sequência, pelo fim do auxílio emergencial.”
Diante do agravamento da crise, as centrais e os sindicatos filiados já articulam também com governadores e prefeitos o ato no próximo dia 24 para que os trabalhadores do país fiquem em casa. Segundo o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, as entidades estão em contato com parlamentares no Congresso Nacional. Na semana passada, por exemplo, elas também se reuniram com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), para discutir medidas de contenção da pandemia.
“Nesse momento a questão principal é a doença, evitar que a pandemia continue aumentando o número de mortos a cada dia. Essa é a luta que as centrais sindicais têm feito junto à sociedade”, comenta Juruna. Segundo ele, as entidades também devem se somar numa campanha de arrecadação de alimentos para distribuir em todo o País.
Juruna alerta ainda que, com a pandemia, milhares de brasileiros estão sem conseguir se alimentar. “As centrais incentivam todos os sindicatos a prestarem solidariedade na sua cidade, região, para que a gente possa ganhar corpo e fortalecer a luta contra essa doença. É uma demonstração de que a pandemia também se combate com a atuação de cada pessoa”, afirma.
Adilson Araújo ratifica que as reivindicações do movimento sindical são quatro. “Lutemos pelo resgate do auxílio no valor de R$ 600, Vacina Já para o povo brasileiro, plano emergencial de combate ao desemprego e Fora Bolsonaro!”, conclui o presidente da CTB.
Fonte: O Vermelho