Ultrapassado pelo ex-juiz declarado suspeito por corromper o sistema de justiça, Ciro Gomes protestou contra a parcialidade da imprensa brasileira.
O pré-candidato Ciro Gomes, do PDT, criticou a desfaçatez da mídia comercial brasileira, que, segundo ele, tentará eleger presidente da República um ex-juiz declarado parcial e suspeito por fraudar os processos que conduziu contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “E aí tem a síndrome brasileira: a mídia comercial pertence a cinco famílias, todas do mesmo lado. E agora vão fazer tudo o que puderem para eleger o Sergio Moro. Vamos ver se conseguem. Lá atrás, fizeram com o [Fernando] Collor. Mais recentemente fizeram com o Bolsonaro. Mas não era o que eles preferiam. A rigor, lá atrás, nas eleições passadas, eles queriam [Geraldo] Alckmin. Mas deu Sergio Moro”, disse à agência Sputnik.
“[Moro] é uma versão piorada da matriz [Bolsonaro]. Bolsonaro, na sua estupidez, tem alguma coerência. É um grande genocida, que nunca negou que era. Um apologista da ditadura, que nunca negou que era. O Moro é muito pior, é um juiz político. Não existe coisa mais grave, sob o ponto de vista da degeneração moral do ser humano… É só ler Montesquieu, quando se criou a tripartição dos poderes, lá no ‘O espírito das leis’, em que basicamente a razão de ser que ele advogava é que o poder corrompe. E que o poder total corrompe totalmente. E, por isso, deveriam os poderes ser diferentes. Um juiz condena um político e depois vai ser ministro de um político que foi beneficiado por essa condenação, recebendo uma promessa de vantagem indevida, leia-se corrupção passiva, de um cargo de ministro vitalício do Supremo Tribunal Federal (STF). Depois, um juiz que destrói uma empresa, uma grande corporação da construção pesada, vai ganhar dinheiro sendo sócio da empresa que está administrando essa massa falida, cuja sede, sendo em Nova York, ele se localiza em Washignton… Percebe? Aí tem…”, prosseguiu.
Ciro disse ainda que não vai desistir de sua candidatura e afirmou que ganhará a presidência.
Fonte: Brasil 247