Ele prometeu agir com base nos princípios consagrados na Constituição: defesa da República, soberania nacional, cidadania, dignidade da pessoa humana, valores sociais do trabalho, da livre iniciativa e do pluralismo político.
Com apoio de senadores do campo da direita e da esquerda, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) foi eleito nesta segunda-feira (1º) presidente do Senado para o biênio 2021-2022. Por 57 votos contra 21, o candidato derrotou Simone Tebet (MDB-MS) que recebeu apoio de três senadores que se retiraram da disputa: Lasier Martins (Podemos-RS), Jorge Kajuru (Cidadania-GO) e Major Olímpio (PSL-SP).
Apesar do apoio do Palácio do Planalto, Pacheco destacou como fundamental a independência do Senado. “Não haverá nenhum tipo de influência externa capaz de influenciar a vontade livre e autônoma dos senadores. A busca do consenso haverá de ser uma tônica, mas há instrumentos e procedimentos próprios da democracia para se extrair uma conclusão, a conclusão que advenha da vontade da maioria”, defendeu.
Ele prometeu agir com base nos princípios consagrados na Constituição: defesa da República, soberania nacional, cidadania, dignidade da pessoa humana, valores sociais do trabalho, da livre iniciativa e do pluralismo político.
“A República merece ser tratada com moralidade e com ética, num combate sempre constante e não casuísta da corrupção. Portanto, o primeiro ponto, de defesa da República, é fundamental ser dito, que é o que se espera de um Presidente do Senado.
Pacheco também destacou o apoio que recebeu de senadores de campos políticos distintos. “Recebi apoios importantes de senadores e senadoras já manifestados, mais de uma dezena de partidos políticos que vão da direita à esquerda, da oposição e da base do governo. Vamos fazer disto uma grande oportunidade daquilo que apregoei minutos atrás: vamos fazer disto uma oportunidade singular para o Brasil de pacificação das nossas relações políticas e institucionais, porque é isso que a sociedade brasileira espera de nós”, discursou
Como advogado e militante por muito tempo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), ele disse que será intransigente na defesa do Estado democrático de direito. “Portanto, este também o meu compromisso de defesa, repito, do que é muito festejado e que deve ser mais festejado do que é a grande conquista nacional, que é o Estado democrático de direito”, disse.
Oposição
O líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (SE), disse que o partido deliberou apoio a Rodrigo Pacheco por entender que ele representa um grupo que assumiu a defesa da democracia, a independência do Congresso Nacional e principalmente, preservasse o princípio constitucional da presunção da inocência.
“A postura da nossa bancada não vai mudar. Vamos continuar fazendo oposição firme, consequente ao governo Bolsonaro. O entendimento com outras forças políticas garante que pautas importantes para o Brasil sejam aprovadas. Mas nunca estaremos ao lado deste governo!”, garantiu o líder.
Fonte: O Vermelho