Central mantém contato com lideranças para analisar melhor forma de ajuda.
A situação enfrentada pelo povo Yanomami é de total responsabilidade do Estado. Mas o descaso que se encontravam era desumano: com fome, doenças, ataques violentos de garimpeiros, totalmente abandonados. Essa situação deplorável é de responsabilidade do governo Bolsonaro que ignorou 21 cartas de pedido de socorro, porque estimulava o garimpo ilegal e estava se lixando para a destruição da Amazônia em prol de interesses econômicos.
Solidariedade urgente
A CSP-Conlutas participa ativamente da campanha solidária ao povo Yanomami. Diante da situação crítica em que se encontram, a Central mantém contato com lideranças para ver a melhor forma de ajudar.
As preocupações são muitas. Desde comida para combater a forme, tratamento contra a desnutrição, como impedir a intensa propagação da malária e outras doenças.
Por isso, é urgente todo tipo de ajuda. “A unificação nunca foi tão urgente e necessária!”, afirma a liderança indígena Küna Yporã Tremembé, integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas.
A CSP-Conlutas pretende agregar a essa mobilização em defesa da vida com uma campanha financeira para a compra de alimentos e itens necessários que serão entregues em Boa Vista (RR) para serem levados pela FAB (Força Área Brasileira) à região.
A área onde se encontram os indígenas em situação de maior vulnerabilidade fica a 200 km da capital, mas há dificuldade e restrição de contato.
Por isso, a necessidade do esforço concentrado e de ações unitárias como já vem ocorrendo nacionalmente e na região. Em Roraima, a CSP-Conlutas e o CIR (Conselho Indigenista de Roraima) estão buscando atuar conjuntamente para potencializar iniciativas.
Emergência humanitária
A situação calamitosa pelo qual passava o povo Yanomami veio a público depois da ida de uma equipe do Ministério da Saúde no último dia 16 ao território. Os profissionais se depararam com o que seria uma terra arrasada. A equipe diagnosticou, principalmente em idosos e crianças, desnutrição grave, inúmeros casos de malária, IRA (infecção respiratória aguda), diarreia, vermes e outros problemas. Total desassistência!
Esse quadro motivou um decreto de Emergência de Saúde Pública no território na região da Serra Parima – coração do território Yanomami. No dia 20, foi instalada uma Sala de Situação para tratar da grave crise sanitária.
Em seguida, o Ministério dos Povos Indígenas divulgou que 99 crianças haviam morrido por desnutrição, pneumonia e diarreia em 2022. Também haviam sido confirmados 11.530 casos de malária e que pelo menos 570 crianças morreram nos últimos quatro anos pela contaminação por mercúrio, desnutrição e fome.
A situação é trágica. A luta do povo originário de nosso país em defesa da vida é de todos nós.
Faça sua doação
Banco do Brasil
Ag 3520-3
C/c 26261-7
CNPJ 07.887.926/0013-23
Central Sindical e Popular Conlutas
Chave PIX: financeiro@cspconlutas.org.br
Fonte: CSP-Conlutas