DE NOVO, BOLSONARO ERRA AO ESCOLHER MINISTRO DA EDUCAÇÃO

Weintraub fala em paz, mas faz discurso beligerante

Com um discurso de posse beligerante, como será possível para o novo ministro da Educação, Abraham Weintraub, acalmar os ânimos na pasta, selar a paz nos conflitos internos e dar um rumo à área?

Ontem, Weintraub prometeu que atuaria para pacificar um ministério que está em guerra interina e paralisado fazem três meses. Mas, em seguida, disse o seguinte: “A gente vai pacificar o MEC. Como funciona a paz? A gente está decretando agora que o MEC tem um rumo, uma direção, e quem não estiver satisfeito com ela vai ser tirado. Existe, sim, obrigação de uma pessoa que está no time. Ela pode ter as convicções pessoais que for. Eu tenho as minhas convicções pessoais”.

Declarou ainda: “Pacificar não significa que vamos ser amiguinhos, não. Quem continuar na guerra, batendo, está fora. Não tem segundo aviso”. (…) “Pisou fora da linha, começou a ‘plantar coisa’, começou a brigar internamente, está fora na hora. [Se] O pessoal tem alinhamento anterior de esquerda, não vou atrás. Meu objetivo não é esse”.

O novo ministro da Educação é admirador do escritor e ativista de extrema-direita Olavo de Carvalho. Contou com apoio de familiares de Bolsonaro para trocar o cargo de secretário-geral da Casa Civil pelo de ministro da Educação e Cultura.

No passado recente, disse que seria preciso “vencer o marxismo cultural nas universidades”. É um obscurantista com retórica mais agressiva do que a do antecessor, Ricardo Vélez.

O novo ministro da Educação tem passagem longa pela administração privada e uma especialização na área previdenciária. Apesar de ter sido professor universitário, Weintraub não tem experiência em questões educacionais.

Fonte: Carta Maior

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