Brasil e mundo têm cada vez mais convicção de que Dilma sofreu um golpe em 2016.
Iniciamos a semana com uma sensação de profunda alegria, felicidade e regozijo. Isso porque o documentário “Democracia em Vertigem”, um filme de Petra Costa, uma jovem e talentosa cineasta brasileira, foi indicado ao maior prêmio da indústria cinematográfica do mundo, que é o Oscar.
Esse fato é importante não apenas para os amantes da arte, para aqueles que admiram e sabem o quanto a arte é importante na vida de todos nós, mas também porque o filme traz alegria aos amantes da história e da verdade.
O filme Democracia em Vertigem mostra de uma forma suave, apesar dos fatos dramáticos, o que estava em torno do golpe de 2016 contra a presidenta Dilma Rousseff (PT).
É um belo filme, do ponto de vista de uma análise técnica, de uma análise da arte. Mas é também um belo filme, um filme honesto, um filme justo, um filme correto quanto à sua narrativa e, repito, do ponto de vista do resgate da história do nosso país.
Essa indicação, obviamente, tão importante, provocou reações imediatas daqueles que patrocinaram o golpe de 2016. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em mais uma atitude desqualificada, comparou o filme a lixo e disse que a obra deveria estar recebendo a indicação na categoria ficção e não documentário.
Da mesma forma se manifestaram os seus ministros, os seus filhos – o clã Bolsonaro – e também, oficialmente, o PSDB, um dos partidos que protagonizaram o golpe de 2016.
O desespero é até justificável, porque para essas pessoas é muito difícil ver que por mais que tivessem tentado, não conseguiram manter a narrativa de que o que fizeram foi algo legal ou algo democrático. Não. O Brasil e o mundo cada vez mais têm convicção de que o que aconteceu no Brasil em 2016 foi um golpe. Um golpe bem tramado, um golpe com apoio internacional norte-americano, inclusive.
Acredito que para nós essa indicação é muito importante, porque traz novamente ao centro dos debates esses fatos tão recentes que ainda influenciam tanto no dia a dia da política do nosso Brasil.
Pessoalmente, um reconhecimento à Petra, mas para todos nós que vivemos esse episódio – e quero dizer que foi um dos mais dolorosos da minha vida e que me emocionei profundamente quando assisti o documentário.
Quero aqui expressar minha alegria, meu orgulho de ver um filme tão bem feito, repito, tão honesto, tão correto, tão sincero e uma jovem tão talentosa como Petra estar na indicação de melhor filme na categoria documentário.
Vanessa Grazziotin foi senadora pelo PCdoB-AM
Fonte: Brasil de Fato/O Vermelho