Deputados consideram “estranha” a morte de diretor da Caixa Econômica

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Sérgio Ricardo Faustino era o diretor do setor que recebeu denúncias de assédio sexual e moral contra o ex-presidente do banco Pedro Guimarães.

Responsável por apurar denúncias de assédio sexual, que resultaram no afastamento do ex-presidente da Caixa, Pedro Guimarães, o diretor de Controles Internos e Integridade do banco, Sérgio Ricardo Faustino, foi encontrado morto no lado externo da sede da instituição na noite desta terça-feira (19) em Brasília.

A Polícia Civil tipificou o caso, preliminarmente, como suicídio. Ele era funcionário de carreira do banco e assumiu a diretoria este ano, ou seja, na administração de Pedro Guimarães, que era muito próximo do presidente Bolsonaro.

Parlamentares de oposição no Congresso estranharam mais uma morte que envolve pessoas ligadas ao bolsonarismo.

Leia mais: Quantas acusações se acumulam contra ex-presidente da Caixa, Pedro Guimarães?

No último domingo (17), por exemplo, Claudinei Coco Esquarcini, funcionário da Itaipu Binacional, que gerenciava o sistema de segurança do clube onde o bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho assassinou o petista Marcelo Arruda, cometeu suicídio no município de Medianeira, oeste do Paraná. A Polícia investiga se há relação entre os dois casos.

“Mais duas mortes que têm relação com Bolsonaro: suicídio de Faustino, funcionário da Caixa que recebeu as denúncias de assédio contra o presidente Pedro Guimarães; e o suicídio de Claudinei Coco, que tinha as senhas do sistema de monitoramento das câmeras do Club onde o tesoureiro do PT foi assassinado”, observou a vice-líder da oposição na Câmara dos Deputados, Perpétua Almeida (PCdoB-AC).

“Ele era assessor de Pedro Guimarães, o assediador. A Polícia Federal investiga a hipótese de suicídio. Estranho, muito estranho”, considerou o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP).

“É máfia que chama quando ‘suicidam’ pessoas que investigam crimes de gente poderosa de um mesmo grupo político ou família? Só tem morte onde tem bolsonarismo”, afirmou a deputada Maria do Rosário (PT-RS).

Fonte: O Vermelho