Plataforma tem 21 diretrizes, que incluem a defesa da democracia, dos direitos humanos, revogação das reformas trabalhista e previdenciária.
São Paulo – A CUT apresentou nesta segunda-feira (4) sua plataforma para as eleições 2022 durante reunião da direção nacional. O evento teve a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para quem as centrais sindicais devem se unir e contribuir com proposta para seu plano de governo. A cada eleição desde 2010 a central atualiza a versão do documento, que é entregue aos candidatos à Presidência da República.
A formulação de um documento conjunto das centrais está prevista para a próxima quinta-feira (7). Nesse dia, as 10 centrais sindicais brasileiras realizarão uma nova edição da Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat). O evento terá formato híbrido, presencial e virtual, e compõe a agenda do movimentos sindical que prevê também manifestações unificadas no 1º de Maio. As propostas a serem elaboradas pela Conclat serão entregues a Lula no próximo dia 13, quando o ex-presidente terá reunião com integrantes de todas as centrais sindicais.
A plataforma apresentada pela CUT tem 21 diretrizes, que abordam a defesa da democracia, da cidadania e dos direitos humanos. Além disso, cita o restabelecimento do papel do Estado como indutor da economia, a reforma agrária e fortalecimento da agricultura familiar. Também inclui a luta pela educação pública gratuita, inclusiva e de qualidade e a revogação das reformas trabalhista e previdenciária.
O documento destaca o “cenário aterrorizador para a classe trabalhadora”, com desemprego galopante, fome e miséria, ampliação das desigualdades, paralisação ou redução das atividades produtivas. Além disso, queda no investimento e no comércio global, destruição de políticas e serviços públicos essenciais, privatização de empresas estratégicas.
A central defende que um governo e a sociedade devem priorizar a vida, o respeito às diferenças e identidades, o equilíbrio ambiental, o controle social e exercício da soberania. Enfim, um mundo do trabalho regulado e democrático.
Mas para isso, há o desafio de reconstruir o Brasil com medidas protetivas no campo social e iniciativas de geração de emprego e trabalho. A central defende medidas emergenciais de combate à fome, a exemplo das implementadas pelos governos de Lula e Dilma Rousseff, que retiraram o Brasil do Mapa da Fome da ONU. Atualmente, 58 milhões de brasileiros vivem em insegurança alimentar, sob risco de deixar de comer por falta de dinheiro.
Fonte: Rede Brasil Atual