Os principais impactos vieram dos aumentos nos preços de combustíveis e do gás de botijão
A inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 0,93% em março, a taxa mais alta para o mês em seis anos. No ano, o índice acumula alta de 2% e, nos últimos 12 meses, de 6,10%. Os principais impactos vieram dos aumentos nos preços de combustíveis (11,23%) e do gás de botijão (4,98%). Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A gasolina (11,26%) foi o item que exerceu o maior impacto sobre o índice do mês (0,60 ponto percentual), com variações que foram desde 6,32% em São Luís até 14,45% no Rio de Janeiro. Os preços do etanol (12,59%) e do óleo diesel (9,05%) também subiram, contribuindo conjuntamente com mais 0,11 ponto percentual para o resultado geral de março.
O segundo maior impacto (0,12 ponto percentual) sobre o IPCA veio do grupo Habitação (0,81%), principalmente devido ao gás de botijão (4,98%), que acumula alta de 20,01% nos últimos 12 meses. Além disso, a energia elétrica, que havia recuado 0,71% no mês anterior, subiu 0,76% em março, mês em que foi mantida a bandeira tarifária amarela. O gás encanado, por sua vez, subiu 1,09% no mês passado e a taxa de água e esgoto teve variação positiva de 0,13%.
Alimentação
Já o grupo Alimentação e bebidas, que também variou 0,13%, segue em desaceleração desde dezembro Em dezembro, janeiro e fevereiro as variações registradas para o grupo foram de 1,74%, 1,02% e 0,27%, respectivamente.
A alimentação no domicílio apresentou queda de 0,17%, influenciada principalmente pelo recuo nos preços do tomate (-14,12%), da batata-inglesa (-8,81%), do arroz (-2,13%) e do leite longa vida (-2,27%). Por outro lado, as carnes seguem em alta (0,85%), embora a variação tenha sido inferior à de fevereiro, que ficou em 1,72%.
NPC varia 0,86% em março
Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), subiu 0,86%, resultado levemente acima do de fevereiro (0,82%) e também o maior índice para um mês de março desde 2015, quando o INPC variou 1,51%. No ano, o indicador acumula alta de 1,96% e, em 12 meses, de 6,94%.
Enquanto o IPCA abrange as famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, a pesquisa do INPC abrange as famílias com rendimentos de 1 a 5 salários mínimos. Os dois índices têm a mesma região de abrangência: Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.
Fonte: O Vermelho