Há postagens que usam uma fotografia da candidata aos 15 anos, acompanhada do seu pai, insinuando que era seu namorado.
O juiz Leandro Figueira Martins, da 161ª Zona Eleitoral, deu um prazo de 24 horas para o Facebook, Instagram, Twitter e YouTube retirarem do ar meio milhão de compartilhamentos de conteúdo falso contra Manuela d’Ávila (PCdoB), candidata à Prefeitura de Porto Alegre. Na liderança das pesquisas eleitorais, Manuela tem sido alvo constantes de notícias falsas.
Segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo, a defesa da coligação de Manuela ajuizou dez ações, cada uma referente a um conteúdo inverídico. Há postagens que usam uma fotografia de Manuela aos 15 anos, acompanhada do seu pai, insinuando que era seu namorado.
A candidata chegou a comentar, no seu perfil do Instagram, o ataque sofrido. “Esses dias eu postei essa foto de quando fiz quinze anos, abraçada em meu pai. Eu tenho muito orgulho da menina que fui e de como transformei em luta e amor toda a dor causada pela violência que as meninas/mulheres gordas sofrem”, disse a candidata.
As fake news mostram a candidata com o corpo tatuado com imagens de Che Guevara e Lênin, faz conexão falsa entre ela e Adélio Bispo, que cometeu um atentado contra Jair Bolsonaro, e que Manuela trocou “o crucifixo no ânus por um escapulário católico” e “roupas recatadas”. Em mais uma, Manuela aparece dizendo que o “cristianismo vai desaparecer”.
As postagens somam 529.075 compartilhamentos. As plataformas foram procuradas e somente o YouTube não respondeu se irá acatar a decisão da Justiça. “Segundo Lucas Lazari, advogado da coligação de Manuela, o rito adotado pela Justiça Eleitoral permite uma resposta mais rápida porque as plataformas são notificadas digitalmente, o que acelera a remoção do conteúdo”, diz a matéria.
Fonte: O Vermelho