Categoria apoiou Bolsonaro nas eleições de 2018, porém está frustrada com a política de preços da Petrobras. Agora caminhoneiros se aproximam de outros pré-candidatos à presidência, com preferência a Lula, que está à frente nas pesquisas de intenção de voto.
Os caminhoneiros formaram uma ampla base de apoio para a eleição de Bolsonaro em 2018, mas agora a categoria tem levado a sua pauta de reivindicações para os outros pré-candidatos à presidência. Com diálogo aberto, os líderes dos trabalhadores têm se encontrado com os concorrentes do atual presidente, pois muitos o acusam de “traição”, principalmente pela condução da política de preços dos combustíveis, como aponta reportagem do Estadão.
Neste cenário, Lula aparece como esperança para grande parte dos caminhoneiros por responsabilizar a atual política de preços da Petrobras pela alta dos combustíveis. Por meio da Frente Única dos Petroleiros (FUP) e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, a campanha de Lula tem se aproximado das lideranças da categoria.
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Bolsa-caminhoneiro
Está prevista para a próxima terça-feira (12) a votação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição), chamada de PEC do Desespero, Kamikaze ou dos Benefícios, que permite, entre outras situações, que o governo aumente o Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600 por mês e conceda uma bolsa-caminhoneiro no valor de R$ 1 mil até o final do ano.
No entanto, a ideia do bolsa-caminhoneiro não agradou os líderes que chegaram a classificar o auxílio como “esmola”.
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Como a categoria está presente em todo o país e se organiza por redes de mensagens instantâneas, a avaliação é que o governo Bolsonaro está com medo de uma greve dos caminhoneiros com dimensão nacional às vésperas da eleição.
Fonte: O Vermelho