No mesmo horário em que começavam os desfiles de 7 de Setembro, no Parque do Anhembi, em outro ponto de São Paulo tinha início a concentração convocada por diversas lideranças de movimentos sociais e sindicais. Entre as palavras mais ouvidas estavam “Fora Bolsonaro” e “Lula livre”. Há informações disponíveis sobre as seguintes cidades:
Os organizadores, entre os quais União Nacional dos Estudantes UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), haviam conclamando os participantes a vestirem roupas pretas, em sinal de luto. Mas, além do preto, o vermelho – geralmente associado à esquerda – também predominava nos trajes.
São Paulo
Da Praça Oswaldo Cruz, por volta das 11h30, o público saiu em cortejo pelas avenidas Paulista e Brigadeiro Luís Antônio, até o Monumento às Bandeiras, no Parque do Ibirapuera.
Além de UNE e Ubes, participaram do ato na capital paulista lideranças políticas do PT, do PCdoB e do PSOL, centrais sindicais como CUT, Confederação dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e o Movimento dos Sem-Teto (MST).
Rio de janeiro
No centro do Rio de Janeiro, o desfile começou atrasado em uma hora e contou com a presença do governador Wilson Witzel, que chegou em um tanque de guerra e usando a faixa azul e branca de seu cargo.
Em uma rua transversal ao lado, vestindo preto, estudantes e trabalhadores ocuparam um quarteirão para protestar.
No início da manhã, uma barreira de policiais, gradis e mais uma linha de militares faziam o limite para o grupo.
Por volta das 11h, os agentes cercaram a área e passaram a impedir que manifestantes atravessassem entre a rua do protesto e a avenida do evento, gerando irritação. Às 12h, conforme combinado, os policiais abriram a barreira para o início da caminhada até a Praça Mauá.
Recife
Em Recife, os manifestantes participaram de uma caminhada de quatro horas, que começou às 8h, em direção ao Parque Amorim, na área central. Vestidos de preto e vermelho, os participantes reivindicaram verba para o ensino público. Estudante de pedagogia e vice-presidente da UNE em Pernambuco, Débora Carolyne lembra que as universidades federais pernambucanas sofreram bloqueio de 30% do orçamento, o que já rendeu atos políticos no Estado.
A manifestação também chamou a atenção para as queimadas no Norte do Brasil. “São várias as situações que estão nos preocupando e a Amazônia é uma delas”, destaca o arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido.
A marcha ocupou quatro faixas da Avenida Agamenon Magalhães, uma das principais vias da capital, ao longo de duas quadras.
Salvador
Na capital da Bahia, o protesto começou a tomar forma por volta das 9h. Vestidos de preto ou vermelho, manifestantes iniciaram uma marcha cerca de duas horas depois com um ato ecumênico.
Entre os participantes, representantes de sindicatos, religiosos, estudantes e cientistas. O grupo tem a intenção de seguir até a Praça Castro Alves. “O presidente convocou os patriotas para que usassem verde e amarelo em homenagem à Amazônia. Já os movimentos estudantis convocaram os estudantes e toda a sociedade para vir para a rua de preto, em luto pelo que está acontecendo na Amazônia e contra os atentados à educação. O que nos motiva é a defesa do nosso País, patriotismo de verdade, não essa imagem que ele está tentando vender”, afirma Debora Nepomuceno, de 20 anos, vice-presidente nacional da Ubes.
Belo Horizonte
Na capital mineira, o ato aconteceu sob o viaduto Santa Tereza, na região central. Parte dos presentes vestiu preto. Muitos, porém, preferiram o vermelho. Predominou no protesto cartazes e placas exigindo investimentos na área da educação.
Alunos e professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) usavam camisetas com a frase “conhecimento sem cortes”.
Brasília
Na capital federal, os manifestantes começaram a se reunir na torre de TV, 2,7km de distância de onde aconteceu o desfile do 7 de Setembro. Os protestos devem prosseguir à tarde.
Fortaleza
A capital cearense também registrou manifestações. Protestos são a favor da defesa da educação e contra o governo Bolsonaro.
Florianópolis
Estudantes realizam manifestações na Catedral de Florianópolis. Cartazes tinham frases como “estamos em luta e em luto pelo Brasil”. Protestavam contra o governo Bolsonaro, a “reforma” da Previdência e o corte de verbas para universidades públicas.
Belém
Cerca de 5.000 manifestantes participam dos atos na cidade paraense, segundo o jornal Brasil de Fato. Como as demais cidades, pedem a defesa da educação e proteção da Amazônia.
Fonte: O Vermelho