Evento ocorre na Escola Nacional Florestan Fernandes, em Guararema (SP), neste sábado (27). Movimento defende reforma agrária como geração de renda e emprego.
O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) realizou, neste sábado (27), na Escola Nacional Florestan Fernandes, em Guararema, no interior de São Paulo, um ato de celebração em comemoração aos 40 anos de existência do movimento.
O ato reuniu ministro de Estado e dirigentes políticos e de movimentos sociais. O vice-presidente do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Walter Natalino Sorrentino participou da celebração.
Entre os integrantes do governo que participaram do evento estão Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), Silvio Almeida (Direitos Humanos), Luiz Marinho (Trabalho) e Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência).
“O MST ensina que nós não podemos cair na ilusão de separar o conhecimento da prática”, comentou o ministro Silvio Almeida. “Nós estamos fazendo essa celebração dentro de uma escola. Não se faz revolução sem ciência. O MST tem feito política de direitos humanos há muito tempo”, disse o ministro Silvio Almeida.
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira destacou que o MST “escreve a história do Brasil ao atuar com os mais pobres e organizá-los para lutar pela reforma agrária e produzir alimentos saudáveis. O movimento tem uma enorme expressão como modelo de organização de luta pela terra”.
Momentos antes do abertura do Ato Político de Confraternização, um dos coordenadores do MST, Jaime Amorim, afirmou em coletiva de imprensa que o movimento deve lançar candidatos para a disputa eleitoral deste ano.
“Precisamos ter representantes nas câmaras municipais e fazer a disputa com o fundamentalismo evangélico nos municípios.” Um dos nomes ventilados para enfrentar a disputa municipal para a Prefeitura de Caruaru, em Pernambuco é o de Rosa Amorim. Hoje, Amorim é deputada pelo PT no estado.
Jaime Amorim também disse que o MST deve chamar para si a responsabilidade pela crise climática, assim como toda a sociedade. “A crise ambiental já não é mais uma crise ambiental, é uma crise climática e MST é chamado para responder a essas questões.”
O coordenador do movimento também afirmou que o governo federal tem papel central nesta responsabilidade. “O governo tem que colocar a reforma agrária como uma questão central para resolver o problema do latifúndio atrasado e colocar a questão de orçamento para a reforma agrária”, afirma.
“O Bolsa Família pode ser uma solução provisória para solucionar a pobreza no país. Mas grande parte das famílias que vivem na extrema miséria não tem nem documentação para acessar o programa”, disse.
“Então, a reforma agrária é uma alternativa para enfrentar a pobreza. Se o governo quiser, a forma mais fácil de garantir trabalho para as pessoas é a reforma agrária. Não existe outra forma mais barata de geração de renda e emprego”, concluiu Amorim.
Fonte: O Vermelho