Dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) revelam aquecimento do consumo domiciliar.
A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) constatou que o consumo dos lares brasileiros teve alta de 1,07% ao se comparar janeiro de 2023 com o mesmo mês de 2022. Com dados deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-IBGE), o registro apresenta queda em relação a dezembro de 14,81%, uma situação comum que acontece todos os anos devido ao aumento do consumo em dezembro relacionado às festas de final de ano.
Mesmo com a queda, a Associação indica que a variação ficou abaixo do usual, o que reforça que o consumo continua centrado nos lares em detrimento aos bares e restaurantes.
O indicativo é que a perspectiva do maior consumo nas residências seja mantida devido às recentes ações do governo Lula que injetarão mais dinheiro na economia por meio do reforço na renda das famílias. Neste aspecto se destaca o reajuste do salário mínimo em 7,42% e que passa a valer R$1.320 (em maio), beneficiando 60 milhões de pessoas, além da permanência do valor de R$600 do Bolsa Família e o adicional de R$150 por criança menor de 6 anos, como também o pagamento do Auxílio Gás para a compra de botijão de 13 kg a cada dois meses, entre outros benefícios.
A Abras projeta ainda crescimento de consumo dos lares em 2,50% para o ano.
Preços
Na análise Abrasmercado sobre variação de preços o indicador apontou estabilidade na cesta de produtos com 35 itens (+0,08%). As altas foram principalmente na batata (+14,14%), feijão (+5,69%) e tomate (+3,89%) e as quedas na cebola (-22,68%), carne bovina corte dianteiro (-1,93%), frango (-1,29%), óleo de soja (-0,46%) e leite em pó (-0,45%).
Na comparação das cestas regionais, de 35 produtos, a região Sul apresenta uma cesta de R$ 839,93, enquanto no Norte é R$ 833,7, Sudeste R$ 759,81, Centro-Oeste R$ 707,26, e Nordeste R$ 685,03.
Fonte: O Vermelho