Pesquisa Quaest enterra esperança da extrema direita no Rio de Janeiro

Levantamento publicado nesta quarta (11) aponta mais um crescimento do atual prefeito Eduardo Paes (PSD) que vai a 64% e 13% para o bolsonarista Alexandre Ramagem (PL).
O projeto político da extrema direita na capital fluminense está prestes a jogar a toalha após a divulgação, nesta quarta (11), da nova rodada da pesquisa Quaest para prefeitura do Rio de Janeiro. O levantamento apontou mais um leve crescimento do atual prefeito Eduardo Paes (PSD), de 60%, em 28 de agosto, para 64%.

Na sequência, vem Alexandre Ramagem (PL), com 13%, que se descolou de Tarcísio Motta (PSOL), com 4%. Os outros candidatos não passam de 1%

Intenção de voto para prefeito do Rio – 1º turno – Evolução da pesquisa:

Eduardo Paes (PSD): 64% (tinha 60% em agosto, 49% em julho e 51% em junho)
Alexandre Ramagem (PL): 13% (tinha 9% em agosto, 13% em julho e 11% em junho)
Tarcísio Motta (PSOL): 4% (tinha 5% em agosto, 7% em julho e 8% em junho)
Rodrigo Amorim (União Brasil): 1%
Marcelo Queiroz (PP): 1%
Cyro Garcia (PSTU): 1%
Juliete Panjota (UP): 1%
Carol Sponza (Novo): 1%
Henrique Simonard (PCO): 0%
Em branco/nulo/nenhum: 8%
Não sabem: 6%

O resultado da pesquisa é um banho de água fria na campanha do PL, que esperava um crescimento mais expressivo. Ramagem tinha 9% em agosto, 13% em julho e 11% em junho.

Prova de que a campanha da extrema direita no Rio de Janeiro está naufragando é a ausência do ex-presidente e padrinho político Jair Bolsonaro na capital. Bolsonaro não deve pisar em solo carioca em setembro para ajudar com sua presença física o candidato a tentar sair dos magros 13% nas pesquisas de intenção de voto.

Sua presença na campanha se restringe às suas aparições os comerciais de TV do ex-chefe da Abin. Não tem adiantado muito.

Como tentativa de arranhar a imagem de Paes, grupos de Whatsapp formado por apoiadores do ex-presidente encaminham aos seus contatos um vídeo de três minutos, contrastando a biografia de Ramagem e do atual prefeito. “Contra a malandragem vote Ramagem”, diz a legenda do vídeo.

Na peça, a imagem do delegado, conservador e cristão se diferencia com o perfil de Paes, um político descolado, amante das rodas de samba, que se veste como um malandro e emula um carioca autêntico.

O problema é que em uma cidade dominada por milícias, com ligações profundas com a família do ex-presidente, este tipo de campanha não tem surtido efeito.

Sobretudo quando o candidato escolhido pelo bolsonarismo responde a inquéritos da Polícia Federal (PF) que investigam suposta espionagem da Abin Paralela a autoridades públicas para favorecer o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e seu irmão, Jair Renan.

Fonte: O Vermelho