Sindicato dos Petroleiros do Amazonas (Sindipetro-AM) divulga nota informado sobre desrespeito à saúde de trabalhadores que atuam em uma refinaria localizada em Manaus.
A nota diz que que existem casos de petroleiros que testaram positivo para a Covid-19 e ao retornarem ao trabalho o teste na versão rápida não foi feito.
Em meio a pandemia da Covid-19, a categoria petroleira mantém as atividades essências como produção de combustíveis e gás de cozinha. Neste cenário, o Sindicato dos Petroleiros do Amazonas (Sindipetro-AM) denuncia a Refinaria Isaac Sabbá – Reman e a Transpetro-AM pela negligência de condições de trabalho, segurança e saúde dos trabalhadores ao não realizarem testagem dos trabalhadores.
O Sindipetro-AM constata casos de petroleiros que tiveram testes positivos para o COVID-19 e cumpriram o isolamento social, porém ao retornarem para o exercício dos devidos cargos, a Reman não tem realizado a testagem rápida para confirmação da inviabilidade de transmissão da doença no ambiente de trabalho. A empresa também oculta os dados confirmados para a categoria e não tem comunicado possíveis medidas para o controle e prevenção, recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). E em meio a essas negligencias, cresce o número de petroleiros com sintomas da doença e a probabilidade de contágio.
O Sindipetro-AM encaminhou a gestão da Reman e da Transpetro-AM documentos cobrando testagem rápida para a força de trabalho com o objetivo de diminuir e controlar os casos de COVID-19 na empresa. A Transpetro-AM respondeu as denuncias do Sindipetro e informou que irá alterar os procedimentos e realizar os testes rápidos com os trabalhadores.
Casos de COVID-19 no Sistema Petrobras
Em cenário nacional, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e os sindicatos filiados pressionam a gestão da Petrobras para a divulgação de dados oficiais da categoria petroleira e também de trabalhadores terceirizados. O grupo de Estrutura Organizacional de Resposta (EOR), criado pela empresa para desenvolver ações de gestão durante a pandemia, informou a FUP, no último dia 24, que havia registrado 1.124 casos de trabalhadores com sintomas da doença e 184 casos de petroleiros com testagem positiva do COVID-19, sendo nove hospitalizados.
Os números foram divulgados, após vários questionamentos feitos pela FUP e seus sindicatos que desde o início da pandemia, cobram acesso às informações e participação efetiva na discussão de ações de mitigação dos riscos de contaminação entre os petroleiros que estão em atividade, inclusive os trabalhadores terceirizados.
A direção da Petrobras continua negando a participação das entidades nos EORs (tanto no âmbito nacional, como regional), bem como qualquer espaço de negociação para que possam apresentar propostas e construir ações efetivas a favor da saúde e segurança dos trabalhadores.
A FUP e os sindicatos filiados também estimam que os números de casos confirmados de COVID-19 divulgados seja maior, baseado nas denúncias dos procedimentos necessários. E cobram que a estatal assuma a responsabilidade pela segurança diante a pandemia.”
Fonte: O Vermelho