Os presidentes das centrais sindicais manifestaram, por meio de nota, apoio à mobilização nacional dos trabalhadores caminhoneiros, que realizarão uma greve a partir do próximo dia 01 de novembro, em defesa de uma pauta de interesse da categoria, “cujas repercussões são de interesse de toda a classe trabalhadora”.
“Os caminhoneiros, através das suas organizações, têm atuado para viabilizar as demandas e propostas há muito apresentadas e que não tem obtido retorno por parte do governo federal. Não só não há retorno como os problemas têm se agravado. Nesse caso, a inflação se expressa na alta dos preços da energia elétrica e dos combustíveis que são de responsabilidade do governo federal que, mais uma vez, nada faz”, afirmam.
Na nota, as lideranças recordam que, neste ano, a gasolina já acumula um aumento de 74% e o diesel 65%; que o impacto sobre os preços promove a carestia, como no caso do botijão de gás que custa em torno de R$ 100,00; e a inflação anual já beira os 10%. A privatização da Petrobras, “a desmobilização da produção nacional de refino de petróleo, a gestão voltada aos interesses de curto prazo dos acionistas e que não responde aos interesses do país e da nação, têm levado a esse descalabro no preço dos combustíveis com impactos nefastos para o custo de vida”, denunciam.
Os caminhoneiros reivindicam redução do preço do diesel e revisão da política de preços de Petrobras; piso mínimo de frete; retorno da aposentadoria especial com 25 anos de contribuição; aprovação do novo Marco Regulatório de Transporte Rodoviário de Carga (PLC 75/2018); criação e melhoria dos Pontos de Parada e Descanso (Lei 13.103/2015). “Por tudo isso as centrais sindicais apoiam o movimento dos caminhoneiros e convocam todo o movimento sindical a expressar sua solidariedade à essa luta que é de todos os trabalhadores”, conclamam.
Assina a nota Sérgio Nobre, presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores); Miguel Torres, presidente da Força Sindical; Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores); Adilson Araújo, presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil); José Reginaldo Inácio, presidente da NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores); Antonio Neto, presidente da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros); Atnágoras Lopes, secretário-executivo nacional da CSP-Conlutas; Edson Carneiro Índio, secretário-geral da Intersindical (Central da Classe Trabalhadora); José Gozze, presidente da Pública Central do Servidor; e Emanuel Melato, Intersindical Instrumento de Luta.
Fonte: O Vermelho