TST determina que mobilização na Caixa Econômica mantenha 60% em atividade

Caixa Econômica Federal / Foto: Marcelo Camargo-Agência Brasil

A categoria faz uma paralisação em protesto contra ataques da gestão Bolsonaro e do presidente da Caixa, Pedro Guimarães, ao banco público. O motivo da mobilização é a abertura de capital da Caixa Seguridade marcada para a próxima quinta-feira (29) na Bolsa de Valores.

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou nessa segunda-feira (26) que os trabalhadores da Caixa Econômica Federal mantenham 60% dos bancários em atividade, durante mobilização que é realizada nesta terça-feira.

A categoria realiza nesta terça-feira (27) paralisação em protesto contra ataques da gestão Bolsonaro e do presidente da Caixa, Pedro Guimarães, ao banco público. O motivo da mobilização é a abertura de capital da Caixa Seguridade, uma das operações mais rentáveis do banco,  marcada para a próxima quinta-feira (29) na Bolsa de Valores.  

Para a Contraf-CUT,  que representa os trabalhadores, a direção do banco optou “por judicializar” o conflito trabalhista. A direção pediu ao TST tutela provisória antecedente preparatória de dissídio coletivo de greve, em que foi proferida decisão liminar determinando que sejam mantidos, em serviço, 60% dos empregados bancários da Caixa e suas subsidiárias em atividade, de forma remota ou presencial, a partir da zero hora do dia 27 de abril de 2021 e durante todo o período de greve.

“Diante de tal decisão a Contraf-CUT acata a determinação e exige que a Direção da Caixa Econômica Federal também o faça, respeitando o percentual de 40% dos seus trabalhadores bancários que têm o direito constitucional de paralisar suas atividades neste dia, advertindo que outra atitude resultará no descumprimento da decisão judicial e do que disposto na Lei de Greve (artigo 11, caput)”, afirmou.

“Da mesma forma, conforme decidido liminarmente deverá a Direção da Caixa Econômica Federal garantir ao percentual de 60% de bancários que trabalharão presencialmente todas as cautelas, zelo, equipamentos, cuidados e precauções determinados pela Ciência e pelas instituições afins a essa temática da saúde pública, como, ilustrativamente, a Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde da República Federativa do Brasil, além das autoridades regionais e locais, onde competentes e aptas para assim atuarem”, disse ainda o comunicado dos trabalhadores.

Atuação em 2020

A Contraf-CUT enfatiza que em 2020 os empregados atenderam mais da metade da população brasileira, demonstrando ser a Caixa imprescindível como banco público e primordial em sua ação social. “No ano passado, mais de 120 milhões de brasileiros recorreram à Caixa – principal banco público do país – em busca do auxílio emergencial, seguro desemprego e para saques do FGTS. Defender a Caixa, como banco público, passa também pelo reconhecimento de seus empregados e pela defesa de melhores condições de trabalho para estes trabalhadores.”

A mobilização dos empregados foi motivada por uma série de ataques, tanto contra a instituição financeira, como aos direitos históricos: a abertura de capital de uma das operações mais rentáveis da Caixa, a Caixa Seguridade; a pressão do governo para a devolução, pela Caixa, dos Instrumentos Híbridos de Capital e Dívida (IHCDs); o pagamento, a menor, da PLR Social aos empregados; melhores condições de trabalho e de atendimento à população, por meio de mais contratações, proteção contra a Covid-19 e vacinação prioritária para os bancários.

Fonte: Brasil 247