Bolsonaro comete novo crime e diz que “campanha se faz ao longo dos quatro anos de mandato” 08/10

Fachada do TSE e Jair Bolsonaro. Foto/ ABr | Reprodução

Jair Bolsonaro mais uma vez afronta o TSE e diz que “campanha se faz ao longo dos quatro anos de mandato”. Mandatário já foi acusado diversas vezes de fazer propaganda eleitoral antecipada em viagens, motociatas e eventos públicos que participa pelo país.

Jair Bolsonaro (sem partido) cometeu mais um crime e declarou nesta quarta-feira (6), que “a campanha eleitoral é feita ao longo dos quatro anos de mandato”.

“Se não tiver dedicação, se não tiver empenho, se não conseguirmos abstrair algo da nossa vida, a gente não consegue o sucesso. E isso serve para todas as fases da nossa vida, até como parlamentar. Se quiser deixar para fazer campanha na última semana, não vai chegar. A campanha se faz ao longo de muito tempo e depois ao longo dos quatro anos de mandato”, disse Bolsonaro, ao participar de cerimônia no Palácio do Planalto com atletas olímpicos e paralímpicos que representaram o Brasil nos Jogos de Tóquio 2020.

“Até eu costumo dizer: depois dos quatro anos de mandato, não precisa gastar dinheiro para fazer campanha. A pessoa teve oportunidade de aparecer para o público. E assim é a vida do atleta”, prosseguiu o chefe do Executivo.

As antecipações de campanha de Jair Bolsonaro, tipificadas como crime pelo Tribunal Superior Eleitoral, são recorrentes. No dia 19 de junho o Ministério Público Eleitoral ajuizou representação no Tribunal Superior Eleitoral pedindo aplicação de multa ao presidente Jair Bolsonaro e outras autoridades por propaganda antecipada e conduta vedada a agente público.

Em cerimônia oficial de entrega de títulos de propriedade rural, promovida em Marabá (PA) no mesmo mês, ele exibiu uma camiseta com a mensagem “É melhor Jair se acostumando. Bolsonaro 2022”. O ato foi transmitido ao vivo em rede nacional de televisão aberta, pela TV Brasil.

 Os atos de Sete de Setembro, as motociatas e as controversas lives também são objeto de apuração do Ministério Público Eleitoral.

Fonte: Brasil 247