CENTRAIS SINDICAIS ABREM HOJE JORNADA DE LUTAS POR EMPREGOS E DIREITOS

Dez centrais sindicais do País deram início nesta terça-feira (10) a uma série de caminhadas, panfletagens e mobilizações para denunciar a Medida Provisória 905 – a MP que tira direitos e cria a Carteira Verde e Amarela. É a Jornada de Lutas por Empregos e Direitos, organizada por CUT, Força Sindical, UGT, CTB, CSB, Nova Central, CGTB, Intersindical, Intersindical Instrumento de Luta e Conlutas. As ações se concentram na região metropolitana de São Paulo.

A Jornada foi aberta às 5 horas, com duas manifestações simultâneas na Rodovia Anchieta, em São Bernardo do Campo (SBC) – uma em frente à fábrica da Volks e outra em frente à Colgate-Palmolive. O protesto na Volks contou com a participação de dirigentes de todas as centrais.

Mais tarde, houve panfletagem nos terminais de Trólebus em SBC, Diadema e Santo André, bem como nas estações de trem de Ribeirão Pires e Santo André. Também está prevista uma rodada de panfletagem e diálogo com a população na Rua Marechal Deodoro, no centro de São Bernardo.

Segundo as centrais sindicais, o objetivo da Jornada é conversar com a população e com os trabalhadores sobre a ameaça de mais uma medida (MP 905) do governo de Bolsonaro e do ministro da economia, Paulo Guedes, que acaba com direitos e aumenta o emprego precário”. Apresentada há um mês, a MP 905 cria um contrato de trabalho precário voltado ao primeiro emprego de jovens de 18 a 29 anos. A medida recebeu quase 2 mil emendas no Congresso e teve sua devolução cobrada pelas centrais.

“A panfletagem encerra o ano com as centrais sindicais e as entidades de base na ofensiva”, avalia Wagner Gomes, metroviário e secretário-geral da CTB, que destaca as ações junto aos usuários de transporte público. Nosso papel, agora, é informar e conscientizar os trabalhadores, como também a população usuária do transporte coletivo, da gravidade dessa nova onda de ataques.”

“Vamos esclarecer a sociedade sobre a nefasta Medida Provisória 905, que prejudica os trabalhadores”, diz o presidente da Força Sindical, Miguel Torres. “Contamos com o apoio e a participação de todos nesta jornada contra a MP 905, para fortalecermos a luta por emprego, direitos e uma vida melhor para a classe trabalhadora e a sociedade brasileira em geral.”

O presidente da CUT-SP, Douglas Izzo, ressalta a importância de “socializar e conscientizar a população brasileira acerca dos riscos que os trabalhadores e as trabalhadoras correm”. Segundo ele, caso a MP 905 seja aprovada, “vai rasgar os direitos da classe trabalhadora, precarizar empregos e condições de trabalho” no País.

“Se não tiver luta para derrubar essa medida, ela vai permitir o aumento da jornada de trabalho sem reajuste de salário, vai obrigar o trabalho aos finais de semana, sem nenhum adicional, e ainda vai taxar em quase 8% o trabalhador que recebe o seguro-desemprego. Em contrapartida, vai desonerar o patrão em quase 35%”, denuncia.

Nesta quarta (11), a Jornada continua com a participação das centrais em dez empresas metalúrgicas na região sul de São Paulo, como a MWM, e nos terminais de Santo Amaro, do Largo 13 de Maio e da Praça Floriano Peixoto. No dia seguinte, quinta (12), haverá panfletagens em estações da Linha 3-Vermelha do Metrô (Artur Alvim, Barra Funda, Brás, Itaquera e Sé).

Em Campinas, também na quinta-feira, haverá panfletagem no terminal intermunicipal e no calçadão da Catedral. Por fim, a mobilização será feita nas estações de Osasco e Carapicuíba. O encerramento da Jornada ocorrerá na sexta-feira (13), com panfletagem e diálogo com a população nas estações de Osasco e Carapicuíba.

Fonte: O Vermelho