Os estudantes brasileiros têm sido o principal setor da sociedade brasileira a se mobilizar nas ruas contra as medidas antipopulares do governo Bolsonaro, essas que atingem diretamente a educação, que, com os cortes de investimentos nessa área, já tem prejudicado a continuidade de milhares de pesquisas e o funcionamento das instituições federais de ensino superior do nosso país.
Os ataques são graves e poderiam ser ainda mais profundos caso não houvesse a mobilização estudantil dos últimos meses nas ruas e universidades. Os dias 15 e 30 de Maio e o dia 13 de Agosto foram fundamentais para construir um contraponto ao projeto de obscurantismo e destruição social que Bolsonaro representa; seja para a defesa urgente da educação, seja para frear o avanço destrutivo desse governo. Não há dúvidas: a cada mobilização, acumulamos forças para uma virada do povo.
Portanto, é indispensável continuarmos ativos, levando em conta que nossos principais objetivos devem estar em torno de aglutinar mais pessoas, especialmente pessoas que, porventura, estejam participando pela primeira vez de algum movimento político-social, convencer cada vez mais estudantes a se organizarem permanentemente e manter uma presença em massa nas ruas, assembleias e atos, para exercer pressão social e fazer o governo recuar.
Os cortes na educação têm atingido de maneira cada vez mais evidente o funcionamento das nossas universidades e a capacidade de realizarmos pesquisa. Diversas universidades já declararam que podem interromper suas atividades em agosto ou setembro, o CNPQ e a Capes estão absolutamente esvaziadas prejudicando diretamente o pagamento de bolsas, além das que já foram cortadas. Diante de tudo isso, o governo ainda admite que parte do recurso bloqueado foi utilizado para pagamento de emendas parlamentares com vistas a garantir a aprovação da Reforma da Previdência.
E surge ainda com a proposição do Future-se, como um gravíssimo ataque à autonomia universitária e um verdadeiro caminho à privatização da nossa educação pública superior.
Esse ultraje à educação e ao povo brasileiro se estende às ameaças a nossa democracia, com as declarações e ações absurdas e autoritárias de Bolsonaro, que atentam à memória de tantos estudantes que foram assassinados e torturados na ditadura militar. E também à soberania nacional e ao meio ambiente por meio da destruição da Amazônia, que se utiliza de argumentos falhos, fruto da negação da própria ciência, essa que elabora os dados necessários para impedir o desmatamento.
Portanto, mais uma vez na história do Brasil, os estudantes têm sido chamados a cumprir seu papel de protagonismo nas lutas em defesa do nosso país. E por isso precisamos reforçar nossa organização nas bases do movimento estudantil, realizar assembleias, reuniões, plenárias que convoquem agendas de divulgação dos atos dia 7 de Setembro, em conjunto com debates acerca do Future-se, dos cortes e do papel da universidade.
O dia 7 de Setembro precisa ser um dia em que irá desaguar toda indignação da população brasileira para que possamos transformar todo esse potencial em uma imensa força em defesa do povo brasileiro, guiado pela bandeira ampla da educação.
Rumo à grande luta no 7 de setembro; mobilizar e fortalecer a luta dos estudantes, organizar assembleias e agendas de divulgação! Unidos venceremos!
Fonte: O Vermelho