Após demitir o general Júlio César de Arruda e substituí-lo pelo também general Tomás Miguel Ribeiro Paiva no comando da instituição, Lula deve fazer mais trocas.
As mudanças na cúpula do Exército não terminaram. Após demitir o general Júlio César de Arruda e substituí-lo, no sábado (21), pelo também general Tomás Miguel Ribeiro Paiva no comando da instituição, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve fazer mais trocas.
Nesta terça-feira (24), o tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, comandante do 1º Batalhão de Ações e Comandos de Goiânia (GO), pediu afastamento do posto. Alinhado ao bolsonarismo, ele enviou requerimento ao novo comandante do Exército solicitando “adiamento de comando”.
De acordo com o jornal O Globo, Cid era um dos “três oficiais do Exército alocados em posições importantes são vistos com reserva pelo governo”. Ele foi ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e era considerado insubordinado ao novo governo. Os outros casos problemáticos são:
– O general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, chefe do Comando Militar do Planalto (CMP), acusado de leniência ante os ataques golpistas de 8 de janeiro, em Brasília;
– O tenente-coronel Paulo Jorge Fernandes da Hora, chefe do Batalhão da Guarda Presidencial (BGP), que foi flagrado em conversas com policias militares no momento da invasão e depredação do Palácio do Planalto.
Paiva – que foi elogiado por Lula pela visão “legalista” das Forças Armadas – deve ter mais autonomia para promover ajustes no Exército. Evidentemente que existem algumas costuras internas para fazer. A coisa foi muito rápida, mas nós tínhamos que fazer o que foi feito”, diz o ministro da Defesa, José Múcio. “Fica muito difícil trabalhar quando as pessoas ficam sob suspeita se vão ou não tomar a providência.”
Também nesta terça-feira (24), houve a primeira reunião do Alto Comando do Exército sob a direção de Paiva. Cabe a ele apoiar a distensão entre o Planalto e as Forças Armadas. Conforme o G1, o novo comandante “prometeu ao presidente que tomaria as medidas defendidas por ele, mas faria tudo de forma negociada para evitar maiores tensões na Força”.
Fonte: O Vermelho