Novo presidente da Comissão de Educação da Câmara é considerado um inimigo da educação por especialistas; educação domiciliar representa um crime contra a infância.
O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), eleito presidente da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, anunciou uma de suas prioridades: o homeschooling, que retira as crianças das escolas e confia o processo pedagógico aos pais, que, na realidade, não possuem qualificações nem recursos pedagógicos para exercer tais tarefas. A ideia, que representa um crime contra a infância, é estimulada por forças neoliberais, uma vez que os investimentos em educação compõem uma das maiores frações do orçamento público.
“Com 22 votos, acabo de ser eleito, Presidente da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. Neste ano de presidência, debateremos assuntos importantes e complexos como: Plano Nacional de Educação, Segurança nas Escolas, fortalecimento da Educação Básica, homeschooling, dentre diversos outros temas que são importantes para a Educação em nosso país”, postou Nikolas, em suas redes sociais. No passado, ele já disse não se importar se a Terra é plana, oval ou quadrada.
O homeschooling, também conhecido como educação domiciliar, é uma prática na qual os pais ou tutores legais assumem a responsabilidade total pela educação de seus filhos em casa, em vez de enviá-los para a escola tradicional.
Existem várias razões pelas quais o homeschooling é contestado por alguns educadores e especialistas em educação:
Qualidade da Educação: Muitos educadores questionam se os pais têm a capacidade e os recursos necessários para fornecer uma educação de qualidade em casa, cobrindo uma ampla gama de disciplinas e habilidades.
Socialização: O ambiente escolar proporciona oportunidades importantes para as crianças interagirem com colegas e desenvolverem habilidades sociais, como trabalho em equipe e resolução de conflitos. Alguns críticos argumentam que o homeschooling pode privar as crianças dessas interações sociais cruciais.
Padrões de Ensino e Avaliação: As escolas geralmente seguem currículos padronizados e são submetidas a regulamentações que garantem um certo nível de qualidade e consistência na educação. O homeschooling pode não estar sujeito aos mesmos padrões e supervisão, levantando preocupações sobre a qualidade e a eficácia do ensino.
Diversidade de Experiências: As escolas oferecem uma variedade de experiências de aprendizado, como atividades extracurriculares, excursões e interações com uma variedade de professores e alunos. Alguns educadores argumentam que o homeschooling pode limitar a exposição das crianças a essas experiências diversas.
Equidade e Acesso: O homeschooling pode não ser uma opção viável para todas as famílias, especialmente aquelas com recursos limitados ou com situações familiares complexas. Isso levanta questões sobre equidade e acesso à educação.
Confira, abaixo, o post de Nikolas:
Fonte: Brasil 247