A revolta da população chilena é uma demonstração que falhou naquele país a aplicação da política neoliberal do governo de Sebastián Piñera. Segundo o professor da Faculdade de Economia da Universidade do Chile, Andras Uthoff, os manifestantes veem que seus pais e avós recebem aposentadorias de miséria, 80% delas abaixo do salário mínimo.
A líder da Minoria na Câmara dos Deputados, Jandira Feghali (PCdoB-RJ), avalia que a reação popular naquele país é uma demonstração de resistência ao modelo de política neoliberal do governo Piñera.
“Com aposentados na miséria e alto custo de vida, população chilena reage à política neoliberal fracassada de seu Governo! E Bolsonaro quer copiar o modelo previdenciário que leva população chilena revoltada às ruas”, afirmou a deputada no Twitter.
O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) tem a mesma visão. “Para as aves de rapina do ultraliberalismo, vidas não importam, são apenas números nas planilhas. A conta chega através de revoltas populares, como ocorreu no Equador e acontece agora no Chile”, avaliou.
Para o senador Paulo Paim (PT-RS), a exemplo do Chile, a reforma da Previdência no Brasil vai aumentar a desigualdade para servir o mercado financeiro.
“Não há espaço nesse cenário para o desenvolvimento social. Pouquíssimos tem muito, com uma enorme concentração de renda e riqueza. Nos países em desenvolvimento onde essa política foi implantada só houve o aprofundamento da crise, colocando milhões de pessoas na mísera e total falta de esperança”, disse o senador, em referência ao Consenso de Washington.
Fonte: O vermelho