SENADORES ALERTAM PARA CRESCIMENTO DA DESIGUALDADE DURANTE PANDEMIA

Favela de 120 mil habitantes convive cercada pelo luxo do Morumbi, bairro nobre de São Paulo (Foto: Reprodução)

Segundo o estudo da Oxfam, entre 18 de março e 12 de julho, o patrimônio dos 42 bilionários do Brasil passou de US$ 123,1 bilhões (cerca de R$ 629 bilhões) para US$ 157,1 bilhões (cerca de R$ 839,4 bilhões).

Os senadores da oposição chamaram a atenção para estudo da Oxfam que aponta o aumento da desigualdade social durante a pandemia de Covid-19. De acordo com o levantamento, patrimônio dos bilionários brasileiros aumentou US$ 34 bilhões (cerca de R$ 177 bilhões) no período.

Segundo o estudo da organização, entre 18 de março e 12 de julho, o patrimônio dos 42 bilionários do Brasil passou de US$ 123,1 bilhões (cerca de R$ 629 bilhões) para US$ 157,1 bilhões (cerca de R$ 839,4 bilhões).

“E os de cima seguem subindo e os de baixo seguem descendo. Esse é o Brasil de Bolsonaro, um país para poucos”, alertou o senador Rogério Carvalho (SE), líder do PT.

A evolução do patrimônio dos bilionários brasileiros é um movimento que se repete em todo o continente latino-americano. No macro continente, há 73 bilionários cuja fortuna cresceu US$ 48,2 bilhões no período.

Segundo a ONG, desde o início das medidas de distanciamento social adotadas para evitar a proliferação da Covid-19, oito novos bilionários surgiram na região – um a cada duas semanas.

Aumento da miséria

O senador Paulo Paim (PT-RS), presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH), chamou atenção para estudo da MB Associados que aponta para o crescimento do índice de miséria macroeconômica como resultado, entre outros, do alto índice de desemprego.

Segundo cálculo da MB Associados, que elabora o indicador, o governo Bolsonaro deve terminar seu segundo ano de mandato com um índice de 36,85, nível 35% acima do pico atingido em janeiro de 2016 (de 27,39).

“Esses dados confirmam que a atual política econômica estimula a concentração de renda e a desigualdade social no Brasil. São 50 milhões de pobres, 13 milhões na extrema pobreza, 20 milhões de desempregados, 38 milhões na informalidade, 30 milhões vivendo com meio salário mínimo por mês”, elencou o senador.

Fonte: O Vermelho