Banco Central eleva Selic em 1 ponto e taxa vai a 6,25% ao ano

(Foto: Reuters/Amanda Perobelli)

O Copom afirmou que prevê para seu próximo encontro mais um “ajuste da mesma magnitude”.

O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu nesta quarta-feira (22) elevar a Selic em 1 ponto percentual, para 6,25% ao ano. Essa foi a quinta vez seguida que o comitê subiu a Selic, que chega ao seu maior nível desde julho de 2019.

A decisão seguiu o que esperava a maior parte dos analistas consultados pela Refinitiv, seguindo também as recentes indicações do próprio Banco Central.

 

Nas últimas semanas, o mercado chegou a aumentar sua aposta, prevendo uma alta de até 1,5 ponto percentual após os dados mais recentes da inflação mostrarem um IPCA acumulado de 9,68% em 12 meses até agosto.

Porém, declarações recentes de Roberto Campos Neto, presidente do BC, ajudaram a amenizar as projeções após ele afirmar que a Selic será levada onde necessário, mas que o BC não levará em conta “dados de alta frequência” e que o Copom vai manter “o plano de voo”.

 

Agora, analistas seguem de olho nos próximos passos da autoridade monetária, principalmente em um cenário em que as projeções do mercado são de que a inflação siga pressionada, enquanto algumas casas já falam em Selic acima de 8% este ano.

 

Neste sentido, o Copom afirmou em seu comunicado que prevê para seu próximo encontro, em 26 e 27 de outubro, que fará mais um “ajuste da mesma magnitude”, ou seja, aumento de 1 ponto percentual.

“O Copom enfatiza que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar o cumprimento da meta de inflação e dependerão da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação para o horizonte relevante da política monetária”, ressalta o texto.

 

Os integrantes do BC reforçaram ainda e pressão inflacionária, afirmando que “apesar da melhora recente nos indicadores de sustentabilidade da dívida pública, o risco fiscal elevado segue criando uma assimetria altista no balanço de riscos, ou seja, com trajetórias para a inflação acima do projetado no horizonte relevante para a política monetária”.

Fonte: Brasil 247