EM REUNIÃO NO TST, PETROBRÁS REJEITA PRORROGAÇÃO DO ACT PARA INÍCIO DA MEDIAÇÃO

Medida foi colocada como condição pela Justiça para nova fase de negociação

A Petrobrás rejeitou a manutenção do atual Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) como condição para iniciar a mediação no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em reunião com órgão e representantes da FNP e da FUP, nesta quinta-feira (29). A intransigência é mais uma prova de que a Petrobrás não está disposta a negociar e quer rebaixar os direitos da categoria.

A prorrogação das cláusulas econômicas e sociais do ACT em sinal de boa-fé negocial foi um pedido da FNP, protocolado na empresa no dia 27, e reafirmado pelo vice-presidente do TST, Renato de Lacerda Paiva, como condição para início da mediação no Tribunal. A Petrobrás deve informar se aceita a condição até a próxima segunda-feira (2).

Durante seis horas de reunião no Tribunal, a Petrobrás manteve a postura de intransigência apresentada desde o início da Campanha Salarial, mesmo diante do empenho do mediador. Isso demonstra que a empresa se nega a aceitar até mesmo a mediação da Justiça e está determinada a rebaixar os salários e reduzir os direitos da categoria à CLT.

Em nota emitida pelo TST, o vice-presidente afirma “Uma das principais preocupações da Vice-Presidência consiste na busca de condições de diálogo, o que tem como um dos elementos importantes a garantia da vigência dos instrumentos coletivos enquanto não se chega ao consenso”.

Neste sábado (31), a FNP e a FUP realizam um seminário unificado para discutir o futuro da mobilização da categoria petroleira em defesa dos direitos e contra a privatização da Petrobrás.

Fonte: SINDIPETRO SJC